A Rádio em Afife nasce na era de 80, através da Rádio Popular Amplitude, onde com um pequeno emissor, um simples deck de cassetes e um gira-discos da época eram feitas emissões de rádio “pirata”. As emissões nem sempre eram todos os dias e quase sempre eram feitas no período da noite, entre as 20h00 e as 00h00, para “fugir” às autoridades, uma vez que era prática proibida emitir sem ter qualquer tipo de licença radioelétrica. Os impulsionadores foram Tomás Pinto e José Carlos Silva, dois amantes da comunicação.
Sem instalações próprias (até por que não era conveniente) as emissões eram feitas de um anexo à casa da Maria do Pinto (Mãe do Tomás – acima referido). Durante algum tempo era aí que funcionavam as referidas emissões, até que, foram transferidas para a sede da Associação N.A.I.A.A. (Núcleo Amador de Investigação Arqueológico de Afife), situada no r/c da Sede da Junta de Freguesia de Afife, uma vez que tanto Tomás Pinto como José Carlos Silva eram também colaboradores/fundadores da referida Associação, juntando assim, o útil ao agradável.
Em 14 de Dezembro de 1985 é feita a primeira emissão, já como Rádio Popular Afifense (em 93,3 Mhz), sendo considerada umas das primeiras rádios locais (ainda pirata) do país e a primeira a emitir no Alto Minho, com emissões diárias a partir das 18h00 até à meia-noite e com uma programação/informação dirigida à freguesia, até porque, a área geográfica de captação era Afife e Carreço e uma pequena parte de Vila Praia de Âncora, funcionando também como elo de ligação, a Rádio divulgava e promovia as atividades do NAIAA.
Mais tarde e tendo como objetivo o estabelecimento de uma ligação mais acentuada entre as freguesias do Vale do Âncora e as freguesias do litoral norte do concelho de Viana do Castelo, é alargado o sinal de emissão.
Em Dezembro de 1989, por ordem do Governo a Rádio Popular Afifense (tal como muitas outras já existentes por todo o país) é obrigada a fechar o sinal, iniciando-se um processo de candidatura para obter Alvará de Radiodifusão. É através da Associação NAIAA que é feito um projeto. Foi um trabalho longo e burocrático, mas que acabou por dar frutos passados alguns meses, uma vez que foi atribuída uma frequência autorizada, em 87.6. A Rádio Popular Afifense ficava definitivamente legalizada. A partir dessa altura com muito trabalho, esforço e sacrifício de grupo, foram feitas obras de reestruturação a nível de estúdios, bem como foi adquirido equipamento necessário, tanto para o centro emissor como para os estúdios.
De referir ainda que durante estes anos houve, obviamente fases de transição, não só a nível de equipamento como a nível de emissão: destaque para a fase das cassetes, no principio, depois o vinil, o minidisc, o cd – com mais utilidade nos dias de hoje e já em 1998 o computador, o chamado sistema de automação–modernização tecnológica. Relativamente à emissão, foi sofrendo alterações, gradualmente, sendo que, atualmente, a Rádio Popular Afifense tem uma programação e informação própria.
A Rádio Popular Afifense sempre se afirmou como rádio de âmbito local, assumindo um papel importante como órgão de informação e divulgação cultural da nossa região, privilegiando nos nossos espaços musicais, a música portuguesa, fundamentalmente a música que dá corpo à nossa identidade cultural local, regional e nacional (por isso a designação de popular).
A Rádio Popular Afifense tem o seu centro emissor no monte da chã, freguesia de Carreço e estúdios no r/c da Junta de freguesia de Afife.
Atualmente a cobertura da Rádio Popular Afifense, é entre a zona da Galiza (La Guardia) e o litoral Norte, entre Valença e Porto e também no interior Minho, Braga e Barcelos.
A Rádio Popular Afifense, rege-se pelo Estatuto Editorial e pela Lei da Rádio vigente.
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